terça-feira, 13 de novembro de 2012

Museu Histórico Nacional

Por William de Assis

Situado no Centro Histórico do Rio de Janeiro, o Museu Histórico Nacional apresenta um completo e vasto acervo sobre o passado brasileiro. Sua fundação data de 1922 e, deste então, o museu se tornou responsável por zelar a memória do país, tendo quase 350.000  peças.



Sob a guarda do Ministério da Cultura, o Museu Histórico Nacional protege um rico patrimônio cultural do Brasil. Entre todos os objetos que compõem a grandiosa coleção vista no local, estão documentos, fotografias, utensílios e mobília dos séculos passados, selos, armas, moedas, vestuário e muitas outras relíquias. 


História

A região onde hoje se encontra o prédio do museu era, antigamente, uma porção de terra que se estendia pela baía de Guanabara, estando entre as praias de Piaçaba e Santa Luzia. Foi neste local que os portugueses resolveram construir o Forte de São Tiago da Misericórdia, em 1603. Posteriormente seriam anexados a Prisão do Calabouço, em 1693, onde ficavam presos alguns escravos; a Casa do Trem, em 1762; o Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro, em 1764 e o Quartel, em 1835.

Na década de 20 do século passado, as terras locais foram aterradas e sofreram um processo de urbanização, a fim de receber a Exposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil. O ano de 1922 marcou a abertura do espaço para o público, quando já se podiam observar o Palácio das Grandes Indústrias (pavilhão montado para a exposição) e as duas galerias que dentro do Museu.



Hoje, o Museu está presente em toda a extensão da antiga Ponta do Calabouço e é considerado o museu histórico mais importante do Brasil, tanto pelas obras que resguarda quanto pela política de conhecimento de tais obras. Foi pioneiro ao sediar o curso de Museologia, curso que até hoje é ministrado e tido como referência quando o assunto é o surgimento de novos museus ao redor do nosso país.
Sua área compreende um espaço de 20.000 m². Das edificações antigas, como o Forte de São Tiago e a Prisão do Calabouço, ficaram somente as fundações. Diferentemente destas, o prédio da Casa do Trem, o Arsenal de Guerra e o Pavilhão da Exposição de 1922 ainda estão de pé. É neste último que fica a Biblioteca da instituição.



Uma curiosidade sobre o local fica na Casa do Trem: foi ali que Tiradentes teve seu corpo esquartejado, logo depois de ter sido executado em praça pública ( na Praça Tiradentes ).

Acervo

O Museu Histórico Nacional disponibiliza toda a sua coleção para o público por meio de diversas exposições, que podem ser permanentes e temporárias. As permanentes são:

- A do Pátio dos Canhões, que mostra os inúmeros canhões que aportaram no Brasil e vindos de Portugual, Inglaterra, França e Holanda. Destaca-se por ter sido a primeira exposição no país que utilizou legendas em braile;

- Portugueses no Mundo, que fala sobre as diversas conquistas do povo lusitano mundo afora, bem como as colonizações implementadas pelos mesmos e as suas consequências. Baseia-se em peças de navegação, de peças usadas nas monoculturas de cana-de-açúcar e café, de mineração e algumas sobre a chegada da Corte Portuguesa em nossas terras;

- Do Móvel ao Automóvel, que percorre a história de 29 peças, entre as quais estão carruagens, berlindas e os primeiros carros que circularam no Rio de Janeiro. Raridade, o carro Protos é um dos dois únicos existentes no mundo e teve como dono o Barão do Rio Branco.


Se juntam as exposições o maior acervo numismático e filatélico de toda a América Latina. São moedas, cédulas, selos, carimbos, sinetes, medalhas e ordens honoríficas, algumas delas bem raras, como a da Peça da Coroação, de 64 tiragens e feita a mando de Pedro I por conta de sua coroação em 1922; a que homenageou Louis Pasteur; as bulas dos papas Clemente VI e Júlio II, além da Insígnia Imperial Ordem da Rosa, feita quando do segundo casamento de Pedro I.

Na biblioteca, mais de 57.000 exemplares emolduram as estantes do Museu, todos tratando de temas relacionados a história, heráldica, filatelia, numismática, museologia, moda e genealogia. Os livros datam desde o Descobrimento do Brasil até o período imperial, em edições originais, todas encadernadas e que não existem em outra localidade.



O Acervo Histórico reúne documentos manuscritos e com imagens, todos divididos em coleções. Estão disponíveis para pesquisa e estudos cerca de 50.000 destes papéis. Lembrança para as coleções que retratam a Revolta da Armada, que falam sobre Carlos Gomes ( com partituras, missivas, livretos e fotos ) e a Coleção Família Imperial. Criado em 1998, o Centro de Referência Luso-Brasileiro está vinculado ao Arquivo Histórico e foi feito como parte das comemorações dos 500 anos da chegada dos portugueses no Brasil, guardando e divulgando escritos sobre as histórias das duas nações.

Informações Úteis

O Museu Histórico Nacional fica na Praça Marechal Âncora, perto da Praça XV. O horário de funcionamento é de terça à sexta, das 10h às 17:30h e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h.
Os ingressos custam R$ 8, existindo diversas políticas de desconto. Nos domingos, o acesso ao Museu não é cobrado.

Site do Museu: Museu Histórico Nacional


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