quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Museu Nacional de Belas Artes

Por William de Assis

Localizado na Avenida Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro, o Museu Nacional de Belas Artes é um importante marco na história das artes no Brasil. Compreende em seu interior um vasto acervo de obras datadas desde a vinda da Família Real Portuguesa para o nosso país. Acompanhe mais sobre o museu aqui, no blog da Work Out Eventos.



História

Criado em 13 de janeiro de 1937 e tendo sua inauguração realizada em 19 de agosto de 1938, as origens do Museu Nacional de Belas Artes podem ser definidas na chegada da Família Imperial nas terras cariocas. Ao sair de Portugual, Dom João VI fez questão de trazer consigo todo o vasto equipamento cultural de Lisboa. O então rei criou a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, inaugurada em 1826 por Dom Pedro I, recebendo depois o nome de Academia Imperial de Belas Artes.

Foi a Academia que ficou responsável pela organização de uma grande pinacoteca e gliptoteca. Ao ser estabelecida a República, a Academia passou a ter um novo nome: Escola Nacional de Belas Artes. Sua mudança para a Avenida Rio Branco aconteceu na gestão de Pereira Passos, quando de suas obras de revitalização urbana no Centro do Rio de Janeiro, logo no início do século XX.



O projeto de construção do prédio partiu do espanhol Adolfo Morales de los Rios, que tirou como fonte o Museu do Louvre, em Paris. O desenho da instituição foi traçado também por Rodolfo Bernadelli e Archimedes Memoria. Em assim sendo, o prédio ficou com diversas influências estilísticas, como podem ser vistas, por exemplo, na fachada principal, no estilo da Renascença francesa e que remontam as grandes civilizações antigas e alguns integrantes da Missão Francesa, dispostos em medalhões.

As laterais são compostas por arranjos mais simples, lembrando a Renascença italiana e com mosaicos parisienses, lembrando pintores, arquitetos e celebridades do ramo. Na fachada posterior, a temática é mais voltada para o Neoclassicismo. Internamente, materiais nobres e mosaicos, cristais, estátuas e cerâmicas francesas compõem o ambiente, tombado pelo IPHAN em 1973.

Terminada as obras do Museu e feita a abertura ao público, em 1908, a Escola Nacional foi levada para a localidade na Avenida Rio Branco. Para lá foram levadas a pinacoteca, a coleção de cópias, a estatutária clássica e os ateliers. No ano de 1931, a Escola Nacional foi integrada à Universidade do Rio de Janeiro, finalizando ali sua história como instituto autônomo.



Ao ser criado o Museu Nacional de Belas Artes, em 1937, algumas mudanças foram feitas, a começar pela Escola Nacional, que passou a ter a posse do acervo do museu e a sede administrativa. Contudo, entre 1950 e 1970, muitos foram os cursos a saírem para outros prédios. O nome da Escola passava a ser agora Escola de Belas Artes.

Na década de 1980 o prédio passou por alguns problemas estruturais, ameaçando as coleções e afastando a população. Visando melhorar os equipamentos e reformular o conteúdo presente no espaço, algumas mudanças foram feitas, conservando, entretanto, o estilo e a decoração originais. Já nos anos 90, a FUNARTE tomou a frente do museu e o edifício ficou integralmente a disposição da instituição.

Totalmente recuperado, o Museu Nacional de Belas Artes é, hoje, o mais importante sobre a arte brasileira do século XIX, um dos mais conhecidos do mundo e um dos maiores da América do Sul. Possui o Departamento de Conservação e Restauração, com espaço para laboratórios de pintura e papel, além das Reservas Técnicas e a Oficina de Molduras e Gesso. A Biblioteca tem como especialidade as artes plásticas dos séculos XIX e XX.



Acervo

O acervo do Museu é composto por obras de arte trazidas por Dom João VI, em 1808, ganhando mais itens ao longo do século XIX e início do século XX, quando as coleções da Escola Nacional e de outras localidades foram incorporadas ao museu. Hoje tem cerca de 15.000 peças entre pinturas, esculturas, desenhos e gravuras, juntamente com uma coleção de arte decorativa, mobiliário, arte popular e arte africana.

Pintura

Ganha destaque no museu a arte brasileira, que conta a trajetória da nossa pintura desde o século XIX até os atuais dias. Tudo começou com as peças dos integrantes da Missão Francesa no Brasil, com a obra feita por estrangeiros que eram da Academia Imperial e com a prdução de professores e alunos brasileiros da mesma instituição. O período colonial e o Modernismo também estão presentes no acervo do museu.



Escultura

As primeiras esculturas também vieram da Academia Imperial e da Escola Nacional, com cópias de estátuas muito famosas da antiguidade. Um grande acervo, de 250 peças, foi doado por Henrique Bernadelli, constituindo hoje a base da coleção das esculturas brasileiras.

Arte em papel e outras coleções

Com gravuras, desenhos e outras técnicas de uso do papel, o Museu Nacional guarda outra rica coleção, somando mais de 2.500 peças somente na seção reservada para o trabalho de artistas brasileiros, além de quase 4 mil desenhos.

106 peças de escultura africana, obras de arte popular e primitiva, a imaginária sacra, mobiliários, artes decorativas, a numismática e a glíptica completam o restante das coleções que podem ser visualizadas no Museu Nacional.



Informações Úteis


Endereço:
 Av. Rio Branco, 199 - Centro (Cinelândia), Rio de Janeiro, RJ - Cep: 20.040-008. 

Telefone:
 (21) 2219-8474 - Fax: (21) 2262-6067

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