Exposição Viva Elis

Por William de Assis

A mostra relembra um dos maiores ícones da MPB e toda a sua trajetória, marcando os 30 anos da morte da cantora. Em cartaz no CCBB, o projeto é uma grande oportunidade de conhecimento de Elis Regina por parte da nova geração.

Teve início neste mês de agosto a exposição aberta ao público Viva Elis, que faz parte do calendário de eventos de homenagens à cantora brasileira. A iniciativa tem como responsável o filho mais velho da artista, João Marcello Bôscoli, e integra a proposta Nivea Viva Elis. O ponta-a-pé das etapas que trazem a obra de Elis começou em março, quando Maria Rita interpretou grandes sucessos de sua mãe, também no Rio de Janeiro, através de shows gratuitos na Cidade Maravilhosa, Porto Alegre, São Paulo e ainda a serem realizados em Recife e Belo Horizonte.

A exposição leva para os seus visitantes, de forma gratuita e didática, uma abordagem multimídia e de forma itinerante, como quando aconteceu em São Paulo e Porto Alegre, onde recebeu mais de 52 mil pessoas. O material da mostra é feito com cerca de 200 fotos de Elis, reunindo trechos de entrevistas, ingressos de shows pelo Brasil, postêrs, vídeos de apresentações que marcaram a carreira, especiais de televisão, figurinos utilizados pela estrela, revistas e jornais da época que repercutiam o sucesso absoluto da carinhosamente chamada pimentinha.

Está disponível também um documentário com uma coletânea, onde diversos cantores que trabalharam com Elis deixam seus depoimentos sobre a experiência de terem conhecido e divido os palcos com a cantora. Existe uma sala onde os ouvintes podem ouvir a voz da artista sem o acompanhamento instrumental, um dos grandes destaques do projeto. O arquivo usado para  exposição tem objetos de família e materiais doados pela imprensa e por fãs, que colaboraram de forma fundamental para o enriquecimento da mostra.

A exposição é divida em três núcleos em oito salas do CCBB, abordando diferentes temas e fases da vida pessoal e profissional de Elis Regina, dando especial atenção para os festivais que aconteceram na década de 60 e algumas memoráveis apresentações - como a do show Falso Brilhante, considerado seu espetáculo mais famoso - , onde a pimentinha surgia com uma voz marcante e que encantava multidões por onde passava.

O projeto conta com a curadoria de Allen Guimarães e está aberta gratuitamente ao público até o dia 30 de setembro no espaço Centro Cultural Banco do Brasil, que fica na Rua Primeiro de Março, 66 - Centro. As visitações podem ser feitas de terça a domingo, das 9h às 21h. Não deixem de dar uma conferida nesta mostra que, de forma justa, reconhece o valor e a saudade deixados por uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos.