quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Atrações turísticas do Rio de Janeiro: Cristo Redentor

Por William de Assis

Apresentando uma visão panorâmica e de incrível beleza da Baia de Guanabara, o Cristo Redentor é um dos cartões postais mais visitados no Brasil e uma das sete Maravilhas do Mundo Moderno. Símbolo da nossa Cidade Maravilhosa, o monumento está de pé há 81 anos. Conheça um pouco mais sobre ele aqui no blog da Work Out Eventos



Com 710 metros de altura e instalada no Morro do Corcovado, a estátua do Cristo Redentor atrai milhares de turistas de todo o mundo e é um dos pólos de visitação do Brasil mais conhecidos no exterior. Sua construção, feita em uma localidade estratégica no cenário carioca, possibilita desfrutar também de toda a natureza que se encontra em outros cartões postais cariocas, como o Pão de Açúcar, as praias de Copacabana e Ipanema, a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Maracanã e tantos outros. É a segunda maior escultura representativa de Cristo em todo o planeta, estando atrás apenas da Estátua de Cristo Rei, na Polônia.

História

O pensamento de se levantar um monumento religioso no Rio de Janeiro começou a ser discutido no ano de 1859, em ideia trazida pelo Padre Pedro Maria Boss, que apresentou o projeto, à época, para a Princesa Isabel. Mesmo com os esforços em se criar um local que abrigasse uma homenagem para Jesus Cristo, o projeto só seria de fato posto em pauta no ano de 1921, em comemoração ao centenário da Independência do Brasil.

Em 1824 a estrada que leva ao morro havia sido construída, ganhando 60 anos depois a companhia da Estrada de Ferro, que fazia o circuito Cosme Velho-Paineiras. No ano seguinte ocorreu a conclusão das obras, com o trajeto sendo estendido para o cume. Ao longo dos seus 3.800 metros de extensão, foram colocadas as primeiras instalações elétricas de uma ferrovia no país, no ano de 1906. Vista como uma das maiores realizações da engenharia civil brasileira, a obra foi feita em concreto armado e com triângulos de pedra-sabão, que vieram de Carandaí, em Minas Gerais.

Pedra Fundamental

A data de 4 de abril de 1922 marca o lançamento da pedra fundamental do Cristo Redentor. Contudo, as obras só tiveram sua partida quatro anos depois, com o projeto desenvolvido pelo engenheiro Heitor da Silva Costa, pelo artista plástico Carlos Oswald e pelo escultor francês Paul Landowski.

Muito se diz que o Cristo foi, na realidade, um presente dos franceses, fato este contrariado pelas evidências  que a Igreja apresentou, comprovando que todo o montante para a construção foi doado por fiéis de arquidioceses de todo o Brasil. Da França vieram apenas pequenos exemplares demonstrativos de como ficaria a obra quando pronta, estes feitos por Landowski.

Anos 70, 80, 90 e 2000

No ano de 1973 o Cristo Redentor foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN). Em 1980 o monumento passou por uma grande reforma, com o intuito de receber o então Papa João Paulo II, quando da sua primeira visita ao Rio de Janeiro. Em 1990, o Ibama toma para si a responsabilidade de cuidar da área ambiental que envolve todo o morro, o município tomba a estátua e o monumento passa a ficar sob a cautela da Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro.

Em 2000 dá-se início ao Projeto Cristo Redentor, que tinha como objetivos recuperar a obra, instalando proteção catódica; dar uma nova iluminação e criar sinalizações históricas e turísticas. No ano seguinte a companhia Gerdau ampliou a plataforma do trem, bem como instalou novos elevadores, passarelas metálicas e escadas rolantes, para facilitar o acesso ao morro.


Polêmica sobre o monumento



Não foram todos os setores da sociedade carioca que aprovaram a iniciativa, que tinha na Igreja Católica a sua principal fomentadora. Em 1923, um grupo da Igreja Batista demonstrou sua total insatisfação com a obra, como pode ser notado no Jornal Batista, que era o órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Para os protestantes, o Cristo Redentor era uma manobra que Roma estava criando para que a idolatria se espalhasse pelo Rio de Janeiro.

Como resposta, a Igreja Católica se posicionou em defesa do monumento, argumentando que nunca a idolatria da qual os batistas a acusavam esteve presente em sua doutrina. Tudo isto ocorreu porque as imagens de santos e demais representações divinas dentro das instituições católicas são vistas como idolatria pelos outros cristãos, o que as Sagradas Escrituras condenam. Na verdade o conflito parecia também ter um forte viés político, embora não tenha resultado em demais esforços para o cancelamento da construção.

Inauguração

A inauguração ocorreu no dia de Nossa Senhora Aparecida, 12 de outubro, no ano de 1931. Era esperado que as luzes da estátua fossem ligadas através de um mecanismo encontrado na cidade de Nápoles, que seria controlado pelo cientista italiano Guglielmo Marconi e que chegaria em uma antena em Jacarepaguá, bairro do Rio de Janeiro. Por conta do mau tempo, o fato não pode se concretizar e as luzes foram acessas no local da inauguração. Após isso, o sistema de iluminação original passou por duas modificações: uma em 1932 e a outra em 2000.

Reformas

Grande passo para a facilitação do acesso ao Cristo foi a inauguração das escadas rolantes, passarelas e elevadores, no ano de 2003. Em 2010, a restauração ficou por conta da empresa Vale em conjunto com a arquidiocese do Rio de Janeiro, que visaram a recuperação da estátua. Foi reformado o mosaico de pedra-sabão, foi feita a recomposição de algumas rachaduras e o conserto dos para-raios da cabeça e dos braços da imagem.

Ainda ocorreram o tombamento total pelo IPHAN, em 2009, as obras de melhorias em 1980 e em 1990, com a total restauração do espaço.

Maravilha do mundo moderno

Em 2007 o Cristo Redentor concorreu com outras diversas obras de prestígio do mundo para ser uma das sete maravilhas contemporâneas. Com votos populares, feitos pelo telefone e via internet, o monumento foi anunciado como um dos sete que iriam compor este quadro, em cerimônia feita em Portugal, alcançando o número de cem milhões de votos.

Entrada gratuita para católicos e santuário

A partir de 2007 todos os católicos passaram a ter o direito de entrarem gratuitamente no local, quando de datas agendadas pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. A medida, feita pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, encontrou resistência de outras correntes religiosas, que defenderam a laicidade do estado em questões como esta.

Um ano antes, no dia 12 de outubro, a estátua passou a ter também uma pequena igreja e uma capela, onde é comemorado todo ano o dia de Nossa Senhora Aparecida e são feitos casamentos e batizados.

Acesso

Para acessar o Cristo Redentor a melhor maneira é ir de trem, pela linha férrea do Cosme Velho. De carro os visitantes podem chegar pela estrada do Corcovado, mas é recomendado que só optem por esta maneira se tiverem  conhecimento do caminho, pois é muito longo e pouco seguro. Para as pessoas com deficiência física a prefeitura, em 2002, criou as escadas rolantes e os elevadores.





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