terça-feira, 7 de agosto de 2012

Exposição As Moedas Contam a História

Por William de Assis

Com espaço permanente no Museu Histórico Nacional, a Exposição ''As Moedas Contam a História'' exibe uma vasta coleção de moedas usadas pela humanidade, desde o sistema de trocas de mercadorias até os dias atuais. Conheça aqui na Work Out Eventos um pouco mais sobre esta dica cultural



Como parte das comemorações pelos 80 anos do Museu Histórico Nacional, em 2002 (hoje com 90 anos), foi exposta ao público uma exposição que conta com mais de 3.000 moedas, datadas de 700 anos antes de Cristo, passando pela época auge do mercantilismo europeu até o presente momento. A coletânea percorre grande parte da nossa história, contando e detalhando todos os aspectos comerciais envolvendo a evolução das formas de troca e compra de bens. Partindo das primeiras maneiras de negociação dos homens até os dias atuais, com o Euro, a exposição As Moedas Contam a História traz com riqueza a importância deste objetos e está em espaço permanente.

Todas as moedas que estão presentes na exposição foram cuidadosamente escolhidas durante três anos de intensos estudos no gigantesco acervo do Museu Histórico Nacional. O objetivo da mostra é levar para as pessoas a maneira como o percorrer do Homem no mundo foi moldado e estruturado por esta nova possibilidade de se conseguir algo em troca de uma peça de valor. Além da dimensão econômica, as moedas também oferecem uma fonte de informação sobre as populações que as utilizaram, muito dentro dos âmbitos politico, histórico, social e cultura.

Os visitantes podem ter acesso a exemplares vindos de várias partes do mundo, como Grécia, Roma, Europa Medieval, Índia e Extremo Oriente. As técnicas usadas, assim como os metais adotados na fabricação das obras, também estão devidamente explicados e expostos no Museu. Todas as moedas contam com um processo de conservação avançado, de maneira a preservar toda sua constituição original e estão em ordem cronológica.

Já na entrada, uma das mais importantes e chamativas moedas se encontra para observação: trata-se de ''O Índio'', moeda de prata pertencente ao período de Dom Manuel I, que compreende os anos de 1495 até 1521, único exemplar existente no mundo. O espaço é divido em três partes, que separados por temas e ordem temporária, dão ao público a exata dimensão de como as moedas ganharam notoriedade entre as atividades das sociedades existentes desde o início da dinâmica econômica em esfera global.

A primeira galeria reserva os objetos do século VII a.C., explicando toda as etapas por trás da fabricação dos mesmos. A matéria-prima das moedas também é exposta, e junto com os métodos empregados para dar surgimento ao material conta-se um pouco mais sobre os povos da Antiguidade; a difusão pelos continentes; as novidades que as moedas trouxeram para o cotidiano das pessoas.

A segunda galeria busca fazer a associação da moeda com todo o panorama político, social e econômico das sociedades, especialmente as europeias. O Renascimento, as revoluções industriais e a Revolução Francesa, além de diversos conflitos e situações ocorridas na Europa passam a configurar o cenário de fortalecimento e uso das moedas, cenário este projetado no segundo espaço. Alguns episódios históricos que marcaram alguns impérios, como o Otomano e algumas colônias, como as da Ásia e da América, também são passados através da exposição.

Na última parte do Museu um belo planisfério é exposto, com todas as moedas em circulação atualmente no mundo. Os exemplares foram doados pelos mais variados países e instituições, como forma de contribuir para o crescimento do acervo no Brasil. O ambiente guarda a famosa Peça da Coroação, que alude à comemoração da coroação de D. Pedro I como imperador do Brasil, em 1822. Neste local é reservado um pouco mais de atenção para a nossa história.



O grupo de pesquisadores e técnicos de numismática é integrado pelo professor Doutor Luiz Corrêa do Lago, curador da exposição, pela museóloga Heleny Pires de Castro, que coordena a exposição, pelas numismatas do Museu Histórico Nacional, Eliane Rose Vaz e Rejane Maria Lobo, pelas contratadas Amália Ramos e Mariza Chaves e pelas voluntárias Dulce Cardoso e Vilma Faria. Juntos, todos organizam, catalogam e colocam em destaque as peças mais influentes da coleção. A montagem da exposição é de conta dos técnicos do Muse, Ruth Beatriz ( responsável pela área cultural ), Luís Carlos ( que toma conta do projeto museográfico ), Maria Terez, Cristiane Ramos e Maria Ines.

A Petrobrás Distribuidora é quem patrocina a exposição '' As Moedas Contam a História ''. A Casa do Trem, edificação de 1762 e que foi totalmente restaurada a fim de sediar a coleção, empresta suas amplas galerias para a visitação do público. A exposição, uma das maiores do mundo e a mais notória da América Latina, conta hoje com cerca de 129 mil itens. Há exatos 30 anos que o acervo não era disponibilizado, e este ano marca uma década da devolução das obras à população em geral.

O local é aberto para visitas nas terças e sextas, das 10h às 17h30; sábados, domingos e feriados das 14h às 18h. Fica na Praça Marechal Âncora, s/n, no Centro do Rio de Janeiro. A entrada custa R$ 6.


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