terça-feira, 5 de junho de 2012

05 de junho: Dia mundial do Meio Ambiente

Por William de Assis


 Já antecipando as discussões que ocorrerão dentro de alguns dias com a Rio +20, o Brasil sedia hoje o Dia Mundial do Meio Ambiente. As atenções se voltam este ano para o debate acerca da Economia Verde, tema escolhido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e que visa abordar o conceito de Sustentabilidade e progresso como forma de possibilitar uma convergência entre  a preservação da Natureza e o desenvolvimento humano


Em todo o mundo a temática ecológica vem ganhando um espaço cada vez maior, abordando a necessidade urgente de se estabelecer condutas eficientes e capazes de frear a destruição do Meio Ambiente. Neste contexto o dia de hoje marca uma série de atividades que visam o debate do assunto, especialmente no Brasil, que há exatos 20 anos contemplou a Cúpula da Terra, no Rio de Janeiro, e que agora voltará suas atenções neste mês para a Conferência Rio + 20, das Nações Unidas.


Apresentando em seu território nove biomas (Cerrado, Pananal, Caatinga, Floresta Amazônica, Campos, Mata Atlântica. Mata dos Cocais, Mata dos Pinhais e os biomas litorâneos) e integrando uma das maiores economias do mundo, o Brasil mostra-se como o cenário perfeito para a condução de mais uma edição do
Dia Mundial do Meio Ambiente. O principal objetivo este ano é poder elaborar e divulgar uma política responsável  em torno dos recursos naturais utilizados para o crescimento das nações de forma a preservar o máximo possível nossa Biosfera, alimentando de forma consciente o avanço das economias mundial.



A Economia Verde aparece neste panorama e cerca o conteúdo das conversas no dia de hoje. Definida basicamente como uma economia que visa a queda do uso do carbono, o uso eficiente e equilibrado dos recursos ecológicos e a inclusão social, ela é basicamente estruturada em investimentos públicos e privados que devem combater a poluição, de modo a evitar prejuízos na biodiversidade e nas fontes de serviço dos ecossistemas.


E em se tratando de Brasil a questão passa essencialmente pelas nossas florestas. Nosso país, de dimensões continentais, ainda sofre com a falta de fiscalização na Bacia Amazônica, que sofre um desmatamento de dimensões alarmantes, prejudicando de forma irreversível a fauna e a flora do local. Como se não bastasse, as grandes metrópoles brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo, a cada dia que passam se tornam mais poluídas tanto no ar quanto nas águas. Sem esquecer do Meio Ambiente, o fator social também corrobora para um nível de preocupação elevado: Muitos brasileiros ainda sofrem com a insegurança alimentar e com a pobreza.


Mas nem tudo sobre o Desenvolvimento Sustentável é cercado de notícias ruins no Brasil. Nos últimos anos nosso país vem ganhando destaque como um dos que mais tem diminuído suas taxas de gases no ar causadores do Efeito Estufa; temos um bom projeto de reciclagem (embora precise ser melhorado); a geração de empregos verdes também aumenta em números significativos. Destaque também para os estudos sobre as fontes de energia renováveis, que ganham a cada dia maior espaço na política ambiental da nossa nação.


Resultado disto tudo: A indústria de reciclagem no Brasil produz uma receita de dois bilhões de dólares, diminuindo em dez milhões de toneladas a produção e emissão de gases nocivos à camada de Ozônio. Liderando a produção sustentável de etanol para combustíveis de veículos, o Brasil também cresce na expansão das energias eólica e solar, por muito tempo fora das discussões sobre a matriz energética, que hoje é quase que praticamente creditada às usinas hidrelétricas. Aliando o desenvolvimento sustentável com a geração de renda, nosso país construiu recentemente 500 mil casas que contam com um sistema de captação de energia solar através de painéis postos nos telhados das moradias, gerando assim 300 mil novos postos de trabalho.


Segundo Achim Steiner, Subsecretário Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA, o Brasil tem uma grande importância na elaboração dos temas tratados neste 05 de junho: 


“Ao celebrar o WED no Brasil em 2012, estamos voltando às raízes do desenvolvimento sustentável contemporâneo para criar um novo caminho que reflita as realidades, mas também as oportunidades do novo século” - afirmou. 


Para Achim, o Brasil se torna importante devido a complexidade econômica que apresenta, com muita diversidade e dinamismo, a sua riqueza natural e ao destaque diplomático que vem tendo no cenário internacional, fatores que determinaram a escolha pela realização da Rio + 20. Também é citado pelo mesmo o compromisso que o Brasil assumiu em erradicar a pobreza e a premissa de grande economia emergente , o que possibilita uma vasta gama de debates sobre o Meio Ambiente. 


- '' O conceito contemporâneo de desenvolvimento sustentável nasceu no Brasil e podemos considerar que o potencial que esse modelo apresenta para responder a desafios e oportunidades futuras será definido no país ”, completou Steiner.


O desafio agora é conduzir um mega planejamento que possa ser capaz de oferecer no futuro uma visão empreendedora e que não desgaste a Natureza. Com uma estimativa de 9 bilhões de habitantes no mundo  até o ano de 2050, é extremamente necessário que se busque o quanto antes uma solução que vise um mudança ao mesmo tempo à curto e longo prazo, sob pena de as próximas gerações sofrerem as consequências desastrosas de um mal gerenciamento dos bens que o planeta nos proporciona.






Work Out Eventos


Engajada na busca por um mundo mais sustentável e que possa oferecer um crescimento de vida com alta qualidade, a Work Out se orgulha de poder participar deste grande momento que a cidade do Rio de Janeiro vive com a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável Rio + 20. 
Com projetos que serão confeccionados para este grande acontecimento (projetos que você leitor irá conferir aqui nas nossas próximas postagens), nós da Work Out entramos de vez no clima destes debates. 


Convidamos à todos a participarem também desta importante manifestação que ocorrerá durante todo o mês de junho.


Até a próxima postagem !

















2 comentários:

  1. Lendo o texto vejo que há muitas esperanças entre a população e principalmente preocupação entre as empresas sérias. Mas alguns pontos precisam ser considerados. Vimos a aprovação do novo Código Florestal, justamente às vésperas da Rio + 20, e com os vetos feitos apenas em alguns pontos, deixou a brecha para que depois de passado o evento o texto retornará aos moldes do que os ruralistas querem, ou seja, é apenas uma pintura de verde, e não economia verde, tudo me soa muito mascarado. Temos agora a redução do IPI para compra de veículos, num país onde as grandes cidades estão com trânsito caótico, e não vemos nada de incentivo para melhoria do transporte público. Ao andar pelo interior do país, o que se vê é plantação de soja, que vira ração de gado para exportação. Este ano Unidades de Conservação foram reduzidas para criação de usinas hidrelétricas, quando sabemos o quanto se perde nas linhas de transmissão. Realmente não vejo no governo nenhum empenho em prol do meio ambiente, apenas em prol de grandes empresas. O que se tem feito em relação ao uso de carvão, maior problema ambiental no Brasil? não pode falar nisso, pois ele é usado na usina de ferro gusa, e por aí vai...
    Valdira S. Rosa

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  2. Sugiro a todos a leitura dos seguintes textos sobre o assunto: "O padrão Steve Jobs é predador" http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=1217176, "Hoje morreu o antigo Código Florestal Brasileiro" http://www.oeco.com.br/salada-verde/26054-hoje-morreu-o-antigo-codigo-florestal-brasileiro, "Floresta de carvão e violência" http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Floresta-de-carvao-e-violencia/, "O crescimento econômico brasileiro insustentável" http://ambienteverdesustentavel.blogspot.com.br/2012/05/o-crescimento-economico-brasileiro.html

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